sábado, 12 de novembro de 2011

Poesia para todo dia


De onde saiu isso?


Saiu da sua fragilidade oculta,
das suas fantasias sexuais,
das noites mal dormidas,
do cansaço exagerado,
da enxaqueca incurável.

Saiu do ventre da sua mãe,
do berço da sua infância,
do ciúme incontrolável.

Saiu da igualdade projetada,
da desigualdade realizada,
da pobreza espalhada.

Saiu do produto interno bruto,
dos empréstimos compulsórios,
das ilusões palacianas.
Saiu das privatizações tucanas,
dos valeriodutos mineiros,
das bolachas goianas.

Saiu dos encontros noturnos,
da exploração do trabalho infantil,
da sacanagem burguesa.

Saiu das previsões meteorológicas,
das metrópoles vazias,
da medicina sintomática,
das esquinas transgênicas.

Saiu da sua ambição de controlar tudo,
da sua repetição diária,
do desejo de ignorar limites.

Saiu da sua vontade de ser alguém,
da insensatez de um mundo particular,
da exigência corporativa.

Saiu do Congresso Nacional,
do oportunismo republicano,
da neurolinguística sutil.

Saiu das matas virgens escassas,
da quaresmeira florida em destaque,
do cerrado transformado em consumo.

Vanderlei Azevedo
Licença Creative Commons
O trabalho De onde saiu isso de Vanderlei Azevedo foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil.

sábado, 29 de outubro de 2011

Segurança com cidadania


























Sargento Renato, Maria de Fátima Chaves, João Furtado (Secretário de Segurança Pública), Celma Grace e Vanderlei Azevedo, durante entrega de expediente solicitando melhorias e adequação do 14º CIOPS às necessidades da comunidade residente na Região Leste de Goiânia.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Fé no que virá

" Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganando
Pra viver uma cultura diferente."
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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pe. Gisley Azevedo Gomes


Pe. Gisley Azevedo Gomes - Nota de Agradecimento


"Nas chagas de Cristo, quero contemplar a violência que afeta a juventude e causa tanto dor em quem a ama. Na ressurreição de Cristo, quero transformá-la em sinais geradores de vida e esperança para a humanidade. Então, entoarei ao Senhor: "A morte já não mata, não mata mais a morte." Do chão regado em sangue, o amor brota mais forte."

Pe. Gisley Azevedo

        Num primeiro momento, consternados, abafados pela dor e lágrimas correndo pelas nossas faces, nos tornamos frágeis, tendo a sensação de uma resposta inspirada nos instintos mais primitivos do ser humano, os mesmos que foram utilizados pelos algozes do Pe. Gisley. Resistimos, suportamos a maldade, a falta de fé, de princípios, de respeito ao próximo e, sobretudo a falta de amor. Prevaleceu o diálogo, a confiança em Deus, a ternura dos amigos e a certeza de que os ideais defendidos pelo Pe. Gisley terão continuidade.
        A família do Pe. Gisley, guiada pelo espírito de luz, agradece a todos pelas orações, as quais contribuíram para a superação dos sentimentos puramente humanos. Confiantes na ressurreição e na vida eterna, visualizando um mundo de paz e justiça.
        A você, muito obrigado.

"Agradeço pelo empenho de tantas vozes dispersas até agora! Vamos juntos/as gritar, girar o mundo. Chega de violência e extermínio de jovens!"
Frase escrita pelo Pe. Gisley no dia 14/06/2009, às 12h26min, logos após encontro na CNBB.